domingo, 11 de novembro de 2007

Trabalho infantil e escravo na GAP

Estes dias portei aqui sobre a Coca-Cola e efetividade da sua responsabilidade social. Agora li no Blog da Denise - Síndrome de Estocolmo - a seguinte noticia:
falar sobre um relatório publicado no Observer, jornal inglês, há alguns dias, que denunciou o uso, não só de trabalho infantil, mas trabalho infantil escravo, na India, pela descolada GAP.
As crianças, algumas com 10 anos de idade, eram marcadas com uma tatuagem, como gado, forçadas a trabalhar até 19 horas por dia, alimentadas por um arroz coberto de mosquitos, vivendo em meio a esgotos e usando latrinas entupidas. Os que trabalhavam mais lentamente, exaustos, apanhavam com um tubo de borracha, e se chorassem tinha um pedaço de tecido plastificado enfiado na boca...
Uma das crianças disse ao Observer: "Nossas horas de trabalho são duras e a violência é usada contra nós, se a gente não trabalha forçado o suficiente. Tem um grande pedido de fora do país, eles ficam dizendo isso pra gente. Semana passada, nós passamos quatro dias trabalhando do amanhecer até uma da manhã do dia seguinte. Eu estava tão cansado que me sentia doente"
Ironicamente, a tal encomenda era para a GAP Kids, uma coleção de roupas para crianças bordadas, que seriam vendida nos EUA e Europa, antes do natal (a GAP diz que destruiu todas). Ou seja, pra saciar a desejo desenfreado de consumo de produtos bons e baratos no fim do ano, no chamado primeiro Mundo, as crianças indianas pagavam caro.
Segundo ativistas, podem ser mais de 55 milhões de crianças trabalhando na India e 20% da economia do país dependeria de crianças menores de 14 anos.
Bhuwan Ribhu, advogado e ativista do Global March Against Child Labour resumiu:"'Empregar mão de obra barata sem auditoria séria e investigação dos fornecedores inevitavelmente significa que crianças estão sendo usadas em algum lugar desse processo. Isso pode não ser o que eles querem ouvir, quando pegam as roupas fresquinhas de prateleiras limpas em lojas do Ocidente, mas compradores deveriam estar se perguntando: 'Como eu estou pagando somente 30 libras por uma blusa bordada à mão? Quem fez isso a tão baixo custo? não estaria essa blusa manchada com o suor de uma criança?' isso é o que eles deveriam estar se perguntando".
A representante da GAP já se pronunciou, quase aos prantos, indignada e jurando que não sabia de nada. Claro... é tudo culpa dos indianos.
Então, vamos prestar atenção em quem patrocina nossos projetos, como diz o ditado não se pode acender uma vela a Deus e outra ao D....

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