quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mulheres imigrantes terão Plano de Atenção e Prevenção na Espanha

A partir de 2009, a Espanha passa a contar com um Plano de Atenção e Prevenção da Violência de Gênero em população estrangeira imigrante com vigência até o ano de 2012. O plano, aprovado na última sexta-feira (9) pelo Conselho de Ministros do país, contempla informação, formação, sensibilização e medidas estruturais para obter uma atenção adaptada às circunstâncias específicas das mulheres estrangeiras imigrantes vítimas de violência de gênero.
Com o plano, o governo pretende aproximar os recursos da população imigrante e criar as condições adequadas para a prevenção desse tipo de violência e a atenção a partir de uma perspectiva global, pois a maior dependência dessas mulheres em relação a seu agressor, devido à falta de redes de apoio sociais e familiares, origina uma maior insegurança na hora de romper com a violência.

A sensibilização ficará a cargo do Ministério de Igualdade, que realizará campanhas específicas nos meios de comunicação e editará folhetos informativos sobre os direitos das vítimas e dos recursos disponíveis dirigidos a mulheres estrangeiras, que serão traduzidos para o romeno, russo, búlgaro, árabe, chinês, francês e inglês. Embaixada e Consulados dos países com maior presença de mulheres estrangeiras na Espanha colaborarão com a iniciativa.

Além disso, haverá módulos formativos destinados ao pessoal dos Escritórios de Estrangeiros, aos voluntários das associações de imigrantes, agentes sociais e ONGs, com o objetivo de capacita-los em prevenção, detecção e acompanhamento de mulheres vítimas de violência. O Ministério de Igualdade vai assinar convênios com as sociedades científicas médicas e sanitárias com ações relacionadas à população estrangeira, bem como com outras entidades afins.

Os Ministérios de Igualdade, Trabalho e Imigração, Interior e Administrações Públicas levarão em conta no anteprojeto de modificação da nova Lei de Estrangeiros a igualdade efetiva entre mulheres e homens como um princípio fundamental da política migratória e como um elemento essencial para contribuir com a integração social dos imigrantes.

Segundo o governo espanhol, a porcentagem de mulheres imigrantes vítimas da violência de gênero aumentou 23 pontos nos últimos quatro anos: de 21% a 44%. Dados de um informe, elaborado pela Comissão Andina de Juristas em 2008, revelam que 1,82 milhões de imigrantes latino-americanos vivem na Espanha. As cinco principais coletividades de latinos no país são equatorianos, colombianos, argentinos, bolivianos e peruanos.
Fonte Adital

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