domingo, 14 de outubro de 2007

Será que o dinheiro roubado volta????

O Banco Mundial e a ONU anunciaram, o desenvolvimento de um sistema para ajudar as nações em desenvolvimento a recuperarem dinheiro roubado e enviado para o exterior por líderes corruptos que somam aproximadamente US$ 40 bilhões por ano.
“Não deve haver um porto seguro para aqueles que roubam dos pobres”, disse Robert B. Zoellick, o presidente do banco, ao apresentar o plano com o secretário-geral Ban Ki-moon.
Zoellick estima que o total de fluxos no mundo procedentes de atividades criminosas, corrupção e sonegação de impostos esteja entre US$1 trilhão e US$1.6 trilhão anualmente, e disse que apenas uma pequena parte disso pode ajudar a financiar os programas sociais necessários.
Ele disse que cada US$100 milhões recuperados podem ajudar a pagar vacinas para quatro milhões de crianças, providenciar encanamento para 250 mil lares ou financiar tratamentos durante um ano para mais de 600 mil pessoas com HIV/Aids.
O problema desses bens roubados é generalizado, porém mais crítico na África, onde se estima que 25% do produto nacional bruto dos estados é perdido para a corrupção, ele disse.
O novo sistema dará a habilidade dos países em desenvolvimento rastrearem dinheiro roubado que vai para o exterior e enfatizar maneiras que os centros financeiros podem detectar e impedir de maneira mais eficiente a lavagem de dinheiro.
“Essa não é somente uma questão dos países em desenvolvimento porque os fundos inevitavelmente acabam nos desenvolvidos”, disse Danny Leipziger, o vice-presidente do banco para redução da pobreza e administração econômica.
O programa está sendo desenvolvido em parceria com o departamento de Drogas e Crimes da ONU. O diretor-executivo do departamento, Antonio Maria Costa, disse que a iniciativa veio em uma época quando a sofisticação das transações financeiras restabeleceu um processo cada vez mais complexo que exige assistência especializada.
Ngozi Okonjo-Iweala, a ex-ministra das Finanças da Nigéria, que fiscalizou o retorno de US$ 505 milhões para seu país da Suíça, disse que o novo plano ajudaria países como o dela ao impedir que autoridades corruptas tenham um local no exterior para esconder o dinheiro.
“Significa que as pessoas que são corruptas saberão que qualquer dinheiro enviado para fora retornará para os países de onde veio”, ela disse.
Fonte: The New York Times

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